Adolf: Como a arte do mangá vê o nazismo

Ilustração dramática mostra a violação de Eliza, personagem da obra

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18.09.2018
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Existem milhares de obras abordando os horrores do nazismo e da guerra de Hitler, mas o mangá "Adolf" traz uma abordagem um pouco diferente e merece leitura.


Merece a estante de colecionadores. A começar pela autoria: Osamu Tezuka (1928-1989), considerado o maior quadrinista japonês da história, e conhecido em seu país como “o Deus do mangá”. (pioneiro dos desenhos animados para a TV japonesa, criando verdadeiros clássicos do animê como Astro Boy, A Princesa e o Cavaleiro e Kimba), Tezuka trabalhou no estilo conhecido como sandan-banashi (contos trípticos), muito difundido entre os contadores de história japoneses, mesclando 3 contos completamente diferentes que acabam compondo uma só história; e para finalizar, a obra - dividida em 5 volumes de aproximadamente 230 páginas cada - recebeu o prêmio Kodansha - premiação anual importante no meio dos mangás no Japão.
Os desenhos são bastante caricatos, mas a trama é envolvente e baseada em pesquisa sobre os reais fatos da guerra, inclusive existem tabelas com datas de ocorrências reais do período em que a história se passa no Japão, e no mundo.
Resumo sem spoiler da Wikipedia: "Adolf, conhecido no Japão como Adolf ni Tsugu, literalmente: "Conte a Adolf" é uma série de mangá desenvolvida por Osamu Tezuka. Adolf foi publicado em inglês pela Cadence Books e VIZ Media e no Brasil pela Conrad Editora. A história é ambientada antes da Segunda Guerra Mundial e é centralizada em três personagens de nome Adolf. Adolf Kamil é um judeu Asquenaze que mora no Japão. Seu melhor amigo Adolf Kaufmann, que é descendente de japoneses e alemães. O terceiro Adolf é Adolf Hitler, ditador da Alemanha. Adolf também apresenta Sohei Toge, um repórter japonês."

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